quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Começando tarde

Olá, bailarinas e apaixonadas pelo ballet. Primeiro, peço desculpas pelo longo período ausente deste espaço. Eu não desisti do ballet, muito menos da dança. Mas precisei me afastar por licença médica. Logo, logo voltarei a por a sapatilha.

Pensando sobre esse retorno, me dei conta de como meu corpo está enferrujado e precisando de longas horas de alongamento. Foi assim quando aos vinte e tantos anos decidi que iria retomar meu sonho antigo de fazer ballet. Você fica meio insegura, se achando velha demais para colocar o collant e se equilibrar na meia ponta, que dirá na ponta, mas é preciso ter em mente que ballet não é só glamour.

Começar ou recomeçar tarde tem suas dificuldades, principalmente na questão física, mas para o coração de uma menina-mulher apaixonada pelos passos da dança não tem satisfação maior. Sem contar que faz muito bem para a saúde, a postura e para o cérebro.

Ano passado, conheci uma colega na turma de ballet adulto que me inspirou pela coragem, perseverança e autoconfiança. Ela está na casa dos 50, é uma profissional do Direito, respeitada no meio e nunca fez ballet. Não levava o menor jeito para a coisa, mas não tinha vergonha de perguntar para a professora e não estava nem aí quando não conseguia determinado movimento. Dificilmente faltava e ainda se arriscou a dançar no festival de fim de ano da academia, ao lado da filha, bem mais experiente que ela no ballet.

Essa senhora é um exemplo pra mim e seu exemplo me ensina que nunca é tarde para (re)começar um projeto que faz o nosso coração bater mais forte e nosso olho brilhar. Se a gente for se importar com a opnião dos outros não faz nada nessa vida, não é mesmo? Então, o lance é fechar os olhos e dançar....