quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Em 2016, dance!

Chega o fim de ano e a gente começa a fazer uma lista de metas para o ano seguinte. "Focar mais na carreira", "emagrecer", "comer menos doce", "organizar a casa, o quarto, a vida"...e por aí vai.

Mas eu gostaria de deixar uma sugestão para as leitoras e leitores no blog: coloque mais dança na sua vida em 2016. Dançar não é somente uma atividade física, como uma incrível terapia para a mente e para a alma. Ajuda a relaxar, alivia o estresse, deixa você mais leve para pensar em coisas novas, criar, inovar, sair da caixa.



E quando falo em dançar, pode ser qualquer estilo, como ballet, jazz, sapateado ou a dança de salão. Cada uma possui benefícios específicos, mas seja qual for a opção escolhida, com certeza vai te trazer muito mais leveza à rotina.

Então, a você que visita e acompanha este blog, desejo um lindo ano de 2016. Que sua vida tenha mais alegrias, mais criatividade, emoções positivas, aprendizados e, claro, muita dança! Feliz 2016!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

“Não me vejo mais parando de dançar” – Entrevista com a bailarina adulta Ana Claudia Abreu



Ana Claudia Abreu, 34 anos, é doutoranda em Geologia e faz ballet três vezes por semana. Há quatro anos, ela pensava que a dança tinha ficado no passado, que já era tarde demais para voltar a calçar as sapatilhas. Enganou-se. Ela não só se arriscou a vencer os próprios pré-conceitos como provou para si mesma e para os outros que não era tarde para fazer ballet.


Hoje, além de notar uma incrível mudança no corpo e na mente, Ana Claudia vive a experiência de subir ao palco e apresentar sua arte, sua paixão. Nesta entrevista, ela conta com exclusividade para o Blog Bailarina Adulta, como começou sua história com o ballet e como superou os desafios. Confiram!


Blog Bailarina Adulta: O que a despertou para fazer ballet depois dos 30?
Ana Claudia Abreu: Fiz ballet quando criança durante menos de 6 meses. Acabei deixando e depois de alguns anos a vontade despertou novamente, mas por condições financeiras não voltei. Aos 30 anos passei a treinar numa academia que tem aulas de ballet. A sala de ballet era visível da sala de musculação. Sempre eu ficava admirando e pensando que já era muito tarde para começar. Um dia, disse isso ao professor de ballet de lá. Elogiei o trabalho e disse que achava lindo e que era uma pena, pois para mim não dava mais tempo. E ele mudou meu modo de pensar e me convenceu a entrar para o ballet.

BBA: Que tipo de comentários você ouviu quando decidiu fazer ballet adulto?
Na verdade não lembro mais da grande maioria deles, pois eu procurei não me importar. Iria realizar um sonho e nenhum comentário iria impedir. Dos que ainda lembro, por serem os mais repetidos, ouvi muito que “eu não tinha corpo de bailarina”, que “bailarinas deveriam ser magras e alongadas” e que “eu já estava velha demais para isso”. Exceto duas pessoas não me soltaram piadas ou comentários desagradáveis.

BBA: Como lidou com eles?
Logo que decidi e comecei a fazer vieram os comentários. Então eu decidi não me importar com eles já que se eu me importasse implicaria desistir de algo que sempre quis fazer. Então resolvi provar a todos que eu dançaria e que minha dança seria minha resposta.

BBA: Como foi no início? Você sentiu alguma dificuldade física?
Senti muita dificuldade, pois estava bem acima do peso, não tinha nada de alongamento (minhas mãos sequer chegavam próxima aos pés) e ainda tinha muita dificuldade em manter o equilíbrio.

BBA: Seu corpo mudou com a dança? De que forma?
Mudou bastante. Minha postura ficou mais reta, perdi bastante peso (claro juntamente com a melhora na alimentação), minha flexibilidade aumentou e meu corpo passou a ser muito mais definido.




BBA: Para você, quais são os principais benefícios do ballet?
Os benefícios do ballet para mim tem sido tanto físicos como mentais. Dançar me deixa menos estressada e ajuda a aliviar as tensões e problemas diários. Desde que comecei, passei por 3 situações muito difíceis para mim e o ballet me ajudou muito a manter a calma e revigorar meu humor. Minha capacidade de concentração também aumentou bastante. Os benefícios físicos já listados acima continuam com a perda de peso, aumento de resistência, definição de músculos e corpo mais firme.

BBA: Já se apresentou em festivais de dança? Se sim, qual a sensação?
Sim, já fiz apresentações em festivais de dança da escola que faço parte e representei essa mesma escola em concurso de dança juntamente com um grupo. As sensações são diferentes a cada ano. A primeira vez que foi muito emocionante, fiquei nervosa, pois queria mostrar o melhor do meu esforço. Subir ao palco pela primeira vez fez com que as piadas que eu continuava escutando, mesmo depois de mais de um ano fazendo ballet, também cessassem. As sensações sempre são gratificantes.

BBA: Quanto tempo se dedica ao ballet?
Atualmente faço ballet três vezes por semana durante uma hora e meia. Mas esse período variou no decorrer dos quatro anos em que pratico. Quando comecei fazia apenas dois dias na semana. Após um ano decidi fazer todos os dias (segunda a sábado) e assim o fiz durante um pouco mais de um ano para estar na minha rotina atual.

BBA: Levou quanto tempo até conseguir subir na ponta?
Entrei no ballet em 2011 e um ano depois comecei a fazer a aulas de ponta. Vindo a dançar pela primeira vez nesse mesmo ano.




BBA: O que é o Ballet para você hoje?
O Ballet hoje faz parte da minha vida. É minha atividade física e minha forma de me expressar. Não me vejo mais parando de dançar e não cogito essa possibilidade nem tão cedo.

BBA: Qual a sua mensagem para aquelas que ainda alimentam o sonho de calçar sapatilhas?
Que nunca é tarde. E que se essa for sua vontade, vocês devem acreditar em si mesmas e, independente de piadas ou dificuldades que apareçam, vão em frente. Dançar é uma arte e mesmo que no começo nosso corpo não seja teoricamente adepto a essa arte é possível adaptá-la ao nosso corpo e, com o tempo, percebemos que ambos podem ser um só. Procurem uma escola que respeita os seus limites e vão em frente.


Que história bacana! O que vocês acharam?
E quem quiser ver a Ana Claudia no palco, neste sábado, dia 12/12, ela estará se apresentando no Teatro do Shopping Via Sul (em Fortaleza), às 14h, com o espetáculo Concertino, Ballet de Daniel Lessa.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Uma história inspiradora

Se você pensa que está muito tarde para fazer ballet, é porque não conhece a história da Christine White. Aos 50 anos, ela decidiu ser bailarina. Não, ela não resolveu ter aulas de ballet apenas. Ela decidiu que realizaria o sonho de ser bailarina. E foi a partir desta decisão que, desde 2012, ela passou a se dedicar à concretização do seu sonho.

Ela conta aqui que, ao se deparar com uma foto de quando tinha 13 anos, percebeu que havia uma alma de bailarina esperando uma chance para se manifestar. E essa chance ela se deu, 37 anos depois do primeiro contato com a dança. Neste vídeo lindo ela relata um pouco sobre esse sonho de ser bailarina. Pura inspiração.


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Sonhos não envelhecem






Ela sobe na meia ponta e se desequilibra. Não sabe ainda a diferença da primeira para quarta posição. A tentativa de pirueta sai meio capenga. Ela não é mais criança e já passou da adolescência. Tem uma vida corrida como qualquer mulher adulta, mas resolveu realizar o sonho de fazer ballet.


Este é o perfil de muitas das mulheres da minha turma de ballet adulto. Depois de um tempo longe da sapatilha, voltei a calçá-las no último sábado e me deparei com uma turma de 25 mulheres das mais diversas idades com o brilho nos olhos por estar experimentando ou revivendo esta paixão.


Por inúmeras razões, quando menina ou adolescente, muitas delas não conseguiram levar adiante o investimento nesta dança clássica. Seja por falta de dinheiro, falta de tempo, foco nos estudos, no trabalho, na pós-graduação, ou até por desestímulo de parentes e amigos.


E aí, os anos se passaram, mas o sonho de calçar as sapatilhas não ficou velho. Ficou ali no coração, esperando uma oportunidade. E eis que ela surge. E é hora de aceitar o desafio, prender o abdome e o bumbum e se permitir finalmente a viver a experiência do ballet.


No meu caso, eu fiz ballet na infância e na adolescência e parei. Aos 25, voltei a calçar a sapatilha, mas não durou muito. Voltei a ter aulas aos 29. Deixei de novo. Agora, depois dos 30, voltei a usar o meião rosa. Algo me diz que este caso de amor vai longe, mesmo com idas e vindas. Mas para mim, o que importa é que a cada reencontro, sinto uma imensa felicidade de reviver esta paixão.




E você que visita este blog, se identifica com esta paixão? Já está vivendo a experiência de fazer ballet adulto? Me conta aí se temos algo em comum!