Gabi Shull é uma adolescente de 14 anos que, aos nove, teve um câncer no joelho. Ela teve parte da perna direita amputada e o tornozelo foi rotacionado e recolocado na sua coxa. Depois disso, seu tornozelo passou a ter função de joelho.
Com a deficiência, ela teve que reaprender a dançar, mas a sua limitação física não permitia que subisse na ponta. Determinada a superar essa dificuldade, ela não desistiu.
Quando você diz que faz ballet e começa a conversar com quem nunca fez, nem na infância, surgem perguntas muito comuns. Às vezes, é de uma conversa dessas que você acaba despertando o interesse de uma pessoa a começar a fazer ballet ou a pelo menos a cogitar a possibilidade. Pensando neste público, fiz uma entrevista com a professora de ballet adulto, Indira Brígido, e ela me esclareceu alguns pontos e desmistificou outros. Indira está no ballet desde os 15 anos, é professora de ballet clássico para adultos iniciantes na Bailando Escola de Dança, em Fortaleza, e estudante do curso Bacharelado em Dança na Universidade Federal do Ceará (UFC). Confiram!
Simplesmente amo quando de repente encontro um artista de quem nunca ouvi falar na mídia, mas que de alguma forma sua arte me toca. Acontece muito com música. De vez em quando, encontro alguns artistas independentes com trabalhos bem legais.
Dessa vez encontrei um que compôs uma linda canção inspirada na bailarina. A canção "Bailarina", de Josiel Rusmont, tem uma melodia boa de se ouvir, especialmente por trazer alguns arranjos no acordeon (um instrumento que eu particularmente gosto). A letra remete à descoberta da bailarina na dança: "...Ela aprendeu a dançar, ignorar o medo e se mostrar". Não é isso mesmo que a dança faz? Nos ajuda a mostrar um lado nosso que talvez nem soubéssemos que tínhamos?
Além da música ser fofa, foi feita uma animação especialmente para ela, assinada por Raphael Mortari. Confiram:
BAILARINA
Josiel Rusmont
Faz um mês,
Faz um mês,
Ou um pouco mais.
Ela aprendeu a dançar,
Ignorar o medo e se mostrar.
Bailarina alucina com o tempo
O vento em seus cabelos ainda pequenos
Bailarina alucina com o tempo
O vento em seus cabelos ainda pequenos
Que formam cachos
Que de longe são caracóis
Um, dois, três
Um, dois, três
Ou um pouco mais
Ela aprendeu a contar
E falar do medo do escuro
Bailarina alucina com o tempo
O vento em seus cabelos ainda pequenos
Bailarina alucina com o tempo
O vento em seus cabelos ainda pequenos
Que formam cachos
Que de longe são caracóis
